A adolescência chegou, e agora?

como educar os filhos na adolescência

O QUE AFASTA SEU FILHO ADOLESCENTE? 

A adolescência é a fase que causa mais arrepio nos pais. Mas o que muitos não sabem é que ela é muito difícil para as “ex-crianças” também, pois elas começam a vivenciar questões complexas, tanto de ordem psíquica, emocional, hormonal, corporal, quanto relacional!

E acontece de muitos pais não estarem preparados para lidar com essas transformações e eles próprios acabam se afastando dos filhos no momento que eles mais precisam do afeto e apoio de seus cuidadores. É um momento de luto tanto para o adolescente, quanto para os pais, que acreditam que estão “perdendo” seus bebês para os amigos, para um namorado(a), para estudar em outra cidade, para um intercâmbio…mas é importante reforçar que os adolescentes também vivem esse luto!

Ou seja, é um momento que todos precisam de apoio, de muita compreensão e é preciso acessar uma liderança muito empática por parte do pais, que já foram adolescentes e sabem o quanto um pai e uma mãe presente podem fazer toda a diferença nessa fase. Para evitar o distanciamento, segue dicas importantes para os pais:

  1. ESTUDE a adolescência antes dela chegar! Você precisa entender mais à fundo o que se passa no cérebro, mente e corpo dos seus filhos para conseguir ser empático e entendê-los na íntegra.

  2. ACEITE que seu filho cresceu e não leve suas atitudes para o lado pessoal. Seus filhos continuarão te amando, mas talvez não se expressão como na infância. Na adolescência, há um afastamento natural, para que os filhos possam testar sua independência e autonomia. A liberdade será um valor muito forte na vida deles e se os pais os sufocarem, pode ser que eles tentem vivenciar a sensação de liberdade se metendo em encrencas, usando drogas, fumando, etc.

    Claro que não dá para permitir tudo, mas é um erro impedir que os adolescentes tenham experiências novas, afinal, eles cresceram e precisam disso para a construção da identidade.

  3. VALIDE os sentimentos por mais exagerados que possam parecer para você. E não tente dizer: eu sei o que você está vivendo, já passei por isso. Tá…você pode ter ideia, mas respeite o momento do filho, sem julgamentos, críticas e sem impor seu modo de pensar. 

  4. RESPEITE ao invés de querer controlar. Os adolescentes se consideram maduros e não gostam de dar satisfações. Mas precisam. Mas se você querer obediência ao invés de colaboração, você não conseguirá construir uma relação de confiança. E o ideal é fazer com que isso aconteça naturalmente, sem a necessidade de cobrar explicações excessivas.

    Quando os adolescentes são tratados com respeito, geralmente, retribuem da mesma maneira. Em uma relação saudável, as conversas fluem normalmente. Isso inclui falar sobre o que estão passando, apresentar os amigos, compartilhar as experiências. Construa um espaço seguro de fala, sem críticas e julgamentos.

  5. CONSTRUA a liberdade de forma segura junto com seu filho. Podar demais só vai te afastar dele. Ao invés de proibir tudo, deixe que o seu filho durma na casa dos amigos, mas ligue para os pais do amigo, se certificando de que é seguro. Autorize as saídas para as baladas aos poucos, com muito diálogo, sendo muito importante ir buscá-los, para ver como saem da festa (companhias, se estão com os olhos vermelhos ou bêbados, por exemplo). Combine um horário condizente com a idade e a maturidade do seu filho, faça acordos. 

  6. DEMONSTRE confiança. Certificar-se de que o seu filho está em segurança é bem diferente de vigiá-lo. Se ele sentir um clima de detetive, ele nunca cai confiar em você. Investigar exageradamente não estimula a responsabilidade, pelo contrário, gera um clima de desconfiança .

  7. CONTROLE o seu comportamento. A reações dos pais precisam ser proporcionais aos fatos. Uma coisa é seu filho entrar em coma alcoólico, a outra é chegar em casa cheirando a bebida. Ter uma reação desmedida, ficar dando broncas e sermões só vai estimular o filho a mentir. Converse com calma e acolhimento e cuide da sua intenção. Você quer ajudar seu filho ou fazer com que ele fique com raiva e comece a mentir?

  8. COMPREENDA que na adolescência, é comum os filhos terem vergonha dos pais, que são mestres em liberar informações que podem envergonhar o filho diante dos amigos ou querer participar excessivamente de tudo. Existem particularidades que só os pais sabem, mas que o jovem não quer que sejam reveladas. Os pais precisam evitar expor a intimidade dos filhos, pois, muitas vezes, o deixam constrangido. E é muito importante distinguir presença de onipresença! 

  9. EDUCAR é muito diferente de chantagear. Ameaçar cortar a mesada, tirar o celular e proibir de sair caso o filho não obedeça, é muito comum. Assim como dizer que, enquanto ele viver às suas custas, não poderá tomar certas atitudes. Isso é uma chantagem e não educa. Os pais devem explicar as razões que os levam a proibir determinados comportamentos, sempre com muito diálogo e reforçando: “Eu te amo e a resposta é não”. É muito importante também 

    Com ameaças, o jovem apenas obedece para não perder um benefício”. A psicóloga diz, ainda, que, agindo assim, a relação entre pais e filhos fica muito rasa. “É como beber e dirigir: quem não faz, pois sabe que é perigoso para si e para as outras pessoas, compreende o problema. Quem deixa de fazer apenas por medo da multa, não entende os riscos”, exemplifica…. – 

  10. SEJA POSITIVO. Ao invés de falar: “comporte-se”, que tal gerar um clima positivo na relação e dizer: “divirta-se muito, filha, com segurança!”

    Criem responsabilidade, não se envolvam com drogas… A sugestão de Marina é escolher a forma certa de cobrar. “Os pais devem ser afetuosos, senão não funciona. Não podem apenas cobrar. A cobrança precisa ser intercalada com carinho, diversão, momentos descontraídos e diálogos. Muita pressão cansa os dois lados: adolescentes e pais.” 5º ERRO: não saber dar liberdade Podar demais não dá certo.

    “Deixe que o seu filho durma na casa dos amigos”, exemplifica Marina Vasconcellos. “Ligue para os pais do amigo, certifique-se de que é seguro e permita”. De acordo com a psicóloga, os pais têm dificuldade para saber qual é o momento certo de permitir que os filhos saiam à noite.

Fonte: Universo Uol

E quem é a Fernanda Teles?

Sou Fernanda Teles, psicóloga e uma mãe apaixonada pela educação positiva, criativa e transformadora. Coach familiar, contadora de histórias, educadora parental e em sala de aula pela Positive Discipline Association (PDA/USA), certificada internacionalmente pela Escola de Parentalidade Positiva de Portugal em educação positiva e formação em Educação Consciente com a psicanalista Americana Dr Shefali. Pós-graduada em Gestão de Pessoas (Fundação Dom Cabral), MBA em Gestão de Negócios (International School of Management de Paris, com módulos combinados na Saint John University em Nova York) e Mestrado em Educação (UIT).

Eu só não acredito, como tenho a certeza de que vamos mudar o mundo por meio de uma educação realmente mais positiva.

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